outrora dito foi-me que os ventos deveriam guiar-me, não ancorar-me ao mar. a prisão orar.
dela desfiz-me, e ao vento naveguei, sem a menor intenção de obedecer.
eis que sua bravura e sua angústia levam-me a perguntar: Onde estou?
e ainda a indagar, onde vou?
por agora devo contentar-me com os ensinamentos passados pelos ventos? ora agitado, ora calmo, encontro-me a pensar e a navegar,
sentindo a brisa que bate em meu peito e o balanço do mar.
sentindo a brisa que bate em meu peito e o balanço do mar.
uma tempestade chegou a resvalar,
a água salgada em sua agitação veio a me atingir.
uma ferida que tinha ardeu e pus-me a refletir.
por quê? não deveria também o mar guiar-me?
entendi pois que o vento sem propósito, propósito não possui. quem a tudo está disposto, disposto a nada está. mas havia um horizonte diante da tempestade.
sempre há um guia quando abrimos nossos olhos e fugimos de nosso egocêntrico eu.
guia-me. guia-me.
mas quem?
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