quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

tempestade



ventos do leste,
o cheiro do mato,
como um retrato,
chegam ao meu agreste.

indicam fúria e tormento,
lavando o sofrimento,
instaurado no caos,
de uma vida abismal.

leve a angústia,
senhora das tempestades,
iansã guerreira,
dona da verdade.

e em meu ser, renasço mais forte e puro,
lavado pela chuva, liberto do escuro,
escuro que outrora a tormenta reinava,
nos braços dela, acalentada.

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